10 dicas para ajudar seu filho a escutar melhor a intuição
Assim como em qualquer habilidade, antes de mais nada as crianças precisam aprender a reconhecer a intuição
Assim como em qualquer habilidade, antes de mais nada as crianças precisam aprender a reconhecer a intuição
Durante a infância, nossa intuição está tão presente no nosso dia a dia que raramente nos damos conta dela. É tão natural que tudo parece mágico e cheio de possibilidades. Conforme crescemos, entretanto, em vez de desenvolvermos nossa inteligência intuitiva, nós a deixamos de lado em nome da lógica e do pensamento racional. E isso pode estar acontecendo com nossos filhos nesse exato momento, então cabe a nós ajudá-los. Mas como?
Assim como em qualquer habilidade, antes de mais nada as crianças precisam aprender a reconhecer a intuição. Um bom começo é falar sobre as "borboletas no estômago" que surgem em diferentes situações - quando corpo, mente e coração estão conectados. É algo involuntário, mas que até os mais pequenos conseguem perceber. A seguir, reunimos 10 dicas para ajudar seus filhos a escutar melhor sua intuição.
Uma forma de ajudar nossos filhos a escutarem melhor suas intuições é aproveitar situações do dia a dia para colocá-los em contato com seus instintos. Uma forma de se fazer isso é um jogo chamado "será que?". Na prática, nada mais é do que fazer algumas perguntas para os pequenos, incentivando-os a deixar o racional de lado e responder intuitivamente a questões como "quem será que está ligando?", "quem será que vai estar lá quando chegarmos?", "será que o supermercado vai estar cheio hoje?".
As crianças de hoje raramente têm tempo livre de verdade para brincar. Computadores, videogames, tevê e atividades esportivas limitam - se não anulam - a capacidade que os pequenos têm de ser criativos, espontâneos e aventureiros. Por isso, reserve um tempo sem obrigações e compromissos na agenda dos pequenos e incentive as crianças a explorarem suas imaginações e também ao mundo ao seu redor. Encoraje seus filhos a prestarem atenção aos sentimentos, sensações e percepções que surgem nestes momentos.
Da mesma forma que adultos precisam de um tempo sós para escutarem seus corações, as crianças também precisam de momentos sozinhas, com elas mesmas. São nessas ocasiões que elas terão a oportunidade de processar o que aprenderam e refletirem sobre como elas poderiam aplicar isso em suas vidas, além de se sentirem confortáveis com a solidão. Peça para seu filho usar esse tempo para refletir sobre como foi o seu dia, pensar em situações positivas e negativas que vivenciou e como ele se sentiu e reagiu. Será que ele teria feito diferente? Como?
Aja naturalmente quando seus filhos falarem sobre suas intuições. Muitas vezes, alguns adultos se assustam quando algo que os pequenos verbalizaram realmente acontece, e reagem desproporcionalmente. Dependendo da forma como reagimos, as crianças podem silenciar seus instintos ou usá-los para chamar a atenção dos adultos. A dica, então, é conversar regularmente com os pequenos, tratando do assunto de forma espontânea, e dividindo suas próprias experiências.
Quando demonstramos curiosidade genuína ao que nossos filhos têm a dizer, eles realmente compartilham o que sentem e sabem. Seus valores, sonhos, desejos e o que esperam da vida. Eles falam sobre seus medos e obstáculos que possam estar impedindo que eles sigam por um determinado caminho, ao mesmo tempo em que aprendem a confiar em seus próprios recursos e na capacidade de tomarem decisões sozinhos. Pergunte a eles questões abertas, como "O que seu coração diz?", ou "Se você tivesse uma varinha mágica, o que você criaria hoje?", "Como seria se…?", pois elas ajudam a fortalecer as respostas intuitivas dos pequenos.
Se a curiosidade é importante, a atenção integral é essencial. Quando estiver com seus filhos, preste atenção a tudo relacionado a eles. Tente sentir sua energia, esperanças e medos. Ouça atentamente, observe as reações deles e deixe sua própria intuição guiar a conversa. Ensine-os a estarem presentes durante estas conversas, demonstrando você mesma como fazer isso. Afinal, as crianças aprendem com o exemplo.
Ajude seus filhos a encontrarem uma forma de se expressarem que seja segura e natural para eles, como pintura, teatro, escrita, dança ou canto. Vocês podem compartilhar um hobby ou aprenderem algo novo juntos. Quando eles mostrarem sua arte, faça perguntas como "O que inspirou você?" ou "Como surgiu essa ideia?", "O que este desenho/dança/música/texto significa para você?", "O que você descobriu com esta experiência?". Este exercício ajuda as crianças a se expressarem mais e aprofundarem sua conexão com a inteligência intuitiva.
Se para nós, adultos, é difícil lidar com a crítica interior, imagine para as crianças. Uma nota baixa, um comentário ou experiência negativa pode ativar reações autocríticas nos pequenos. Ensine-os a reconhecer e responder a esses pensamentos com frases positivas, dando nome ao eles. "Chega, Cri-crítica, estou fazendo o meu melhor". "Talvez não deu certo dessa vez, Cri-Crítica, mas vou tentar novamente". "Não consigo te ouvir, Cri-Crítica, estou ocupado sendo incrível".
Brincar é uma forma de sonhar acordado, imaginando situações e buscando soluções para os desafios que surgem. Reserve um tempo no seu dia para brincar com seus filhos, invente uma história com eles e tentem encontrar respostas juntos. Você pode, por exemplo, se inspirar em histórias e filmes, como a saga Harry Potter, ou ainda em desenhos e games.
A melhor maneira de aproximar uma criança de sua própria intuição é servindo de exemplo e mostrar como viver intuitivamente. Neste sentido, a linguagem que usamos para expressar o que nosso corpo, mente e coração nos dizem é essencial. Pratique e ensine os pequenos a se expressarem em primeira pessoa, utilizando palavras que evoquem sentimentos e sensações. Por exemplo: "eu sinto que...", "minha intuição me diz", "meu coração diz". Quando dizemos "eu penso", demonstramos que nosso raciocínio lógico assumiu o lugar da intuição.