Como a ansiedade pode estar afetando sua intuição
Quando nos preocupamos demais, ignoramos o nosso coração
Quando nos preocupamos demais, ignoramos o nosso coração
Sabe quando está prestes a acontecer algo importante em nossas vidas, que vai ter um impacto enorme no nosso futuro? Quando nossa voz interior serve como um guia que nos ajuda a tomar as decisões certas, tanto para trazer mudanças quanto para lidar com as consequências de nossas escolhas, isso é a inteligência intuitiva em ação.
Por outro lado, se é uma voz distorcida e negativa, que foca somente no que não podemos controlar, e que nos faz acreditar que vai dar tudo errado e, por isso mesmo não vale a pena nem tentar mudar, essa é a voz da ansiedade.
A ansiedade pode afetar nossa habilidade de tomar decisões intuitivas, e frequentemente nos leva a imaginar as piores consequências, ao mesmo tempo em que faz com que a gente se sinta desamparada e impotente. Logo, começamos a evitar tudo o que traz mudanças, até mesmo aquilo que poderia ser positivo, o que afeta diretamente nossa qualidade de vida.
Isso acontece porque a ansiedade pode nos tornar mais resistentes a correr riscos, pois só conseguimos ver o lado ruim das coisas. Tudo isso nos deixa ainda mais inseguras e dispostas a fazer escolhas baseadas no que consideramos seguro e familiar. Tem, ainda, aqueles momentos mais extremos, em que somos incapazes de decidir qualquer coisa e ficamos completamente paralisadas.
Mas, afinal, como saber na prática se é intuição ou ansiedade? A primeira dica é: preste atenção ao seu corpo, mente e coração. A maior diferença entre elas está na forma como nos sentimos física e emocionalmente. Quando nossa inteligência intuitiva se manifesta, surge aquela sensação momentânea e agradável de calma e relaxamento, uma certeza de que está tudo da maneira como deveria estar. Ou seja, nosso foco está no presente, naquilo que podemos fazer agora para melhorar nossas vidas, e não no futuro, em que não podemos fazer nada a respeito.
Por outro lado, a ansiedade é uma sensação desagradável causada por uma ou várias reações negativas, que incluem picos de adrenalina, suor, aquela dorzinha chata no estômago e dificuldade para respirar. Sentimos um medo exagerado e incontrolável, pensando em tudo de ruim que poderia acontecer no futuro.
Leva tempo, atenção e autocuidado para conseguirmos respirar fundo e reconhecer o que nosso corpo está dizendo. Dependendo da situação, se você estiver questionando o seu julgamento, vale até conversar com alguém em quem você confie para ter um outro ponto de vista.
Imagine, por exemplo, que você tem a sensação de que há algo errado com os freios do carro da família. Você leva o carro ao mecânico e descobre que, realmente, é preciso trocar algumas peças e resolve o problema.
Por outro lado, se você começa a se preocupar de forma inexplicável com a estrutura e segurança do carro e não consegue parar de pensar nisso mesmo depois de consultar um mecânico, e fica achando que vai acontecer alguma coisa no futuro, sem saber quando ou o que, essas dúvidas e incertezas estão relacionadas à ansiedade.
A intuição pode nos afastar de situações inseguras - e também nos dar meios para lidar com os problemas. A ansiedade, entretanto, nos faz mal ao ponto de nos afastar de todo o resto. Afinal, dificilmente conseguimos resolver alguma coisa quando perdemos o sono às 3 da manhã.
Então, agora que você já sabe como a ansiedade pode afetar sua inteligência intuitiva e como diferenciar estas sensações, tente dar mais ouvidos ao seu coração para fortalecer a voz da intuição. Afinal, é ela que sempre nos mostra o caminho para resolver as coisas de forma prática e com foco na solução.